Comemorado em 30 de janeiro, o Dia do Quadrinho Nacional, instituído pela Associação dos Cartunistas de São Paulo em homenagem a data da primeira publicação de As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte em 1869.
Há vários precursores das histórias em quadrinhos, destacando-se o brasileiro Angelo Agostini, embora haja quem diga que a primeira criação surgiu com Richard Fenton Outcault, em The Yellow Kid, de 1863. Foi Outcault quem introduziu o "balão", no qual são escritas as falas dos personagens.
Nas primeiras fases das histórias em quadrinhos, os argumentos eram apresentadas aventuras de crianças e bichinhos, com muito humor. Em 1929, as histórias em quadrinhos ganharam muita popularidade; na década de 1930, o gênero "aventura" foi incorporado às histórias. A Era de Ouro, como ficou conhecida essa fase, teve seu auge com personagens como: Flash Gordon, de Alex Raymond; Dick Tracy, de Chester Gould; Tarzan, uma adaptação de Harold Foster para o personagem de E. R. Burroughs (do livro Tarzan, o filho das selvas).
Nessa nova fase, surgiu mais um gênero, tipicamente americano: o super-herói, como o Super-Homem, de Siegel e Shuster.
As histórias em quadrinhos tem um grande significado para o governo americano que as utilizava como armas ideológicas para elevar o moral dos soldados e do povo em época de guerra.
Alguns personagens em quadrinhos se alistaram na Segunda Guerra Mundial, incentivando jovens americanos a tomar a mesma postura. O herói que mais teve presença nesse período foi o Capitão América, de Jack Kirby e Joe Simon.
Na década de 1940, foi criado o formato das revistas em quadrinhos que se conhece até hoje, e foi assim que estas chegaram ao Brasil, nesse ano.
Na década de 1950, as histórias em quadrinhos sofreram uma crise de identidade e foram duramente criticadas em razão de seu teor de indução em massa. Foi criado, então, um Código de Ética, mas nesses tempos de liberdade de criação e expressão reduzidas, os roteiros das histórias foram camuflados com textos aparentemente inofensivos que induziam nas entrelinhas.
Na década de 1960, voltou com força total o gênero dos super-heróis, como o Homem-Aranha, criado por Stan Lee e Esteve Ditko.
No Brasil, vários cartunistas ganharam destaque pela criatividade: Henfil (personagens: Graúna e Zeferino), Ziraldo (personagens: Pererê e Menino Maluquinho), Péricles (personagem: O Amigo da Onça), Maurício de Sousa (personagens: Cebolinha, Mônica , Cascão ), Fernando Gonsales (personagem: Níquel Náusea), Angeli (personagem: Rebordosa), Millôr Fernandes, entre outros.
Em 2007 a comemoração ganhou uma nova atração: a instituição do Troféu Lor, uma homenagem ao Dr.Luís Oswaldo Ribeiro, professor e pesquisador da UFMG, que trabalha com o quadrinho a muitos anos, numa luta acirrada contra a ditadura. A primeira edição teve o homenageado com ganhador do troféu, que será agora comemorado todo dia 5 de fevereiro, data na qual veio a falecer um de seus ilustres colegas de trabalho, o cartunista Henfil.
Em Belo Horizonte, tanto o troféu como a comemoração do Dia do Quadrinho, são iniciativas da Nação HQ.
Bom dia dos quadrinhos! Abraços!