Uma refleão sobre o tempo...
Barco de Papel
Segue pela corrente das águas límpidas do pequeno ribeirão, o pequenino papel minuciosamente dobrado, cuja forma aparenta um delicado barquinho. De longe um olhar fixo, profundo e ingenuamente inocente parece não querer perder à vista o percurso da itinerante navegação, cuja a jornada está prestes a terminar. Repara nos movimentos irregulares do curso, ora sereno e confiante, ora desequilibrar e mesmo com os ventos fortes e densos é com a precisão e firmeza de ser barco que se mantém Uma vez papel, hoje barco. E como barco formado que é dribla com tamanha sabedoria as veredas mais tortuosas. Uma grossa lágrima escorre pelas curvas encarquilhadas da face, carregando a emoção de uma existência. E lembrou que um dia foi forte, impotente e alegrou por tantas marés baixas superadas, reerguidas. Homem e barco na espera da reta final e na eminente certeza, como dizia o filosofo Heráclito: “Ninguém atravessa o mesmo rio duas vezes
Talita Machiavelli
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